Friday, July 07, 2006

Parei para pensar em ti
E há quanto tempo tinhas partido
Pareciam já meses
Mas há poucos dias tinha sido

Deturpas as minhas percepções
Como se fossem plasticina
Consegues mexer bem lá no fundo
Nos meus sonhos de menina

Na inocência do teu medo
Brincas com a minha solidão
Depois abandonas-me
Tal brinquedo esquecido no chão

Deturpas os meus sentimentos
Com um teu poder qualquer
Voltas a mexer lá no fundo
Nos meus sonhos de mulher

No egoísmo da tua vingança
Jogas com o meu desejo
Quase que me matas
Quando tentas mais um beijo

Revolto-me quando percebo
Como me consegues controlar
Sem nada fazer por isso
Sem sequer reparar

Apareces de repente
E destróis-me à tua passagem
Transformas as minhas esperanças
Em mais uma miragem

Sofres com o que te fiz
E tens medo de tentar
Foges do passado
E do que ainda se vai passar

Apareço de repente
E arranco-te a certeza
Destruo-te com o meu medo
Acabo com a beleza

Sofro com o que te fiz
E tenho medo de tentar
Tento explicar o passado
E o que ainda se vai passar

Planeio todos os dias
Como te dar uma explicação
Dizer-te mesmo tudo
O que me passou no coração

Dizer-te que te quis demais
E por isso me perdi
Não soube o que fazer
Só soube fugir de ti

Dizer-te que vejo no mundo
Sempre um pouco de ti
O pedaço que te arranquei
E que está preso a mim