Sunday, May 22, 2005

Num dia cinzento e chuvoso, um belo estranho passou por mim na rua. Os nossos olhares cruzaram. Ele sorriu. Eu sorri. Achei-o tão especial. Conversámos. Trocámos números. Combinámos café para mais tarde. Esperei por esse momento como uma noiva espera pelo seu casamento, o dia parecia não ter fim, a hora parecia não chegar. Finalmente chegou a hora, entrei no café e ele já lá estava. Acenou e sorriu. Sentei-me. Olhei-o nos olhos e, naquele momento, soube que era com aquele homem que queria passar a minha vida. Falámos sobre nós. Tínhamos tanto em comum. Era tudo tão maravilhoso que nem parecia real. A conversa parou. Ficámos ali, não sei quanto tempo, só a olhar-nos nos olhos. Aquele café banal parecia ser o sítio mais belo do mundo. Até que ele, atrapalhado, me disse que, no momento em que me viu, soube que eu era especial. Fiquei tão emocionada que, durante alguns instantes, não consegui dizer nada, até que lhe disse que sentira o mesmo. Trocámos um beijo de filme. Fizemos juras de amor eterno. Estávamos tão felizes. Ele abraçou-me como ninguém o tinha feito. Chorei de felicidade. Acordei! E estava só eu, sozinha, no escuro, sem ninguém para me abraçar…