Wednesday, April 27, 2005

Vi um carrosel chorar

Vi uma arvore tremer

As folhas conseguiam beijar

Sem nunca o fazer

Vi a vida numa maré

Vazia m tão cheia

De rebeldia e de fe

E de um aroma q n cheira

O toque de um vadio

Ao fundo de uma esquina

Tão velho, sem brio

Tão farta da rotina

Faz do sonho um começo

Um fim sem começar

Tão cheio de apreço

Q ninguém quer tomar

Faz do olhar fantasia

Do q ve e do q via

Se fosse outro o mundo

Pelo menos num segundo…


By: Inês Alves

É num dia como hj

Em q tudo foge

Em q a vida e fraca

Dp da ressaca

E num dia como ontem

Viajante, sonhador distante

Num caminha antecipado

Mais q ressacado

E num dia como amanha

Sem certezas sem duvidas

Q as esperanças ficam túrgidas

Q os sonhos ficam retidos

Desiludidos perdidos

E achados…

No ontem e no hj

Como peixes afogados

Ao longe, no longe

Fosse o tempo súbito

A vida veredicto

De tanto escrito

Fosse eu entrega total

Ao tudo q quero

Branca como a cal

No duro Inverno

Fosse a espera um segundo

Na esfera do mundo

Duma esférica caminhada

Do tudo q leva ao nada

A morte ressacada!


By: Inês Alves

Os dias têm pernas que me afastam do mundo, um mundo que sonho e não realizo, um mundo que vejo e não sinto porque sentir-me nele seria ser como ele nas horas que passam vazias neste mundo tão cheio…como se a minha hora fosse diferente e uma vez imposta se desvanecesse entre tantas outras que se habituam almejam e não mudam quando é a mudança que traz felicidade…como se fosse verdade que quando acordo o sol acorda comigo para um dia que desejo ser o oposto do que sei que será…quando nada restara sei então que não há final nem esperança nem coisa tal que faça a lua erguer-se quando se ergue em mim também a vontade de desaparecer…de num momento me desfalecer em ideias tantas que assombram as certezas do amanha revirar a penumbra do hoje…como se longe pudesse ver a vida numa falésia a brincar com a queda como se brinca com a bola que rebola e do chão não passa…como se fosse adquirida sorri e anestesia a quem a tem sofrida quando não decide brincar com ela própria e remexer mais ainda na ferida quando já se a tem tão perdida…como se o ontem não mais tivesse existido voltamos costas a um passado extinguido mas presente nas atitudes do hoje e nas fantasias do amanha que não reconhecemos como vãs quando reconhecemos nos outros a sombra delas…tantas discussões tantas querelas que pintamos de aguarelas num quadro gasto de sentimentos e desalentos e revoltas que trancam portas fecham corações a todas as ilusões…encaramos um presente doente como recompensa de um erro de criação de atitude e motivação…tanta acomodação que me enfraquece quando nada padece no fim do dia alem da minha alegria…vivemos de olhos fechados quando estes não se querem fechar , só para não encarar quando a nossa consciência nos perguntar o que fizeste, o que mudou? Tantas oportunidades que tiveste, desperdiçaste não quiseste…das quais fugiste com medo de perseguições, insinuações que agora te fazes a ti mesmo por não teres aproveitado…ironia deste fado de chorar o leite derramado antes de tentar o intentado…uma vida de altruísmo falso para ser aceite; como a agua no azeite é vão tentarem ser o que não são…como e vão especular a eternidade quando tudo o que temos e a vã fatuidade de um dia morrer mirrar coalescer em grãos de pó e um dia vir a erguer o doce prado da alma numa espiga rara que tarda mas não falha…porque falhar é tão humano como aos nossos olhos parece profano…como se viver fosse um herdado que acaba por ser dado nas mãos de outrem por um mísero agiste bem quando não age outrem assim também…a sociedade não é uma irmandade que nos aceita por caridade pois que vira-nos as costas antes mesmo das respostas…porque esperamos nós então para ouvir um não e sermos repudiados como uns falhados? Porque queremos pertencer a quem não nos tem querer? Porque queremos aprovação de quem não tem perdão? Porque queremos viver quando as rédeas dela deitamos pela janela? Quando um dia acordamos de um sonho que nos pesou a vida toda queremos oportunidades de refazer o que deitámos a perder todos os dias que acordámos e a seguir nos levantámos…ai queremos usar a nossa cabeça antes mesmo de qualquer sentença mas ai já e tarde como quase tudo aquilo que deixamos passar sem nos importar…faz mossa e nos fazemos troça…o que passou passara enquanto houver o amanha…quando deixar este de estar lá passara a nossa vida também acenando adeus a outro alguém a quem a demos por bem…


ta brutal!
by: Inês Alves

Friday, April 22, 2005

10 things I hate about you

i hate the way you talk to me
and the way you cut your hair
i hate the way you drive my car
i hate it when you stare
i hate your big dumb combat boots
and the way you read my mind
i hate you so much
it makes me sick
and even makes me rime
i hate the way you're always right
i hate when you lie
i hate when you make me laugh
even worse you make me cry
i hate when you're not around
and the fact that you don't call
but mostly i hate the way i don't hate you
not even close
not even a little bit
not even at all

(este poema tá tao lá........ este fim: é a minha vida escrita por outro alguem!)

Wednesday, April 20, 2005

Vontade

Não quero nada!,
quero somente estar parado.
não quero vida,
nem morte,
nem mentiras,
nem segredos revelados,
nem mesmo que me tirem a dor que veio no parto.
não quero amigos,
nem amores,
não quero pessoas deseperadas
nem as calmas sensatas
nem que saibam o que faço da vida que me foi talhada.

Não quero caminhos,
não quero estradas,
não quero o céu nem a Terra,
nem que a fome me faça comer,
nem mesmo que satisfeito o desejo me traia.

Não quero aulas nem professores,
nem profissionais nem amadores,
nem que por médicos operado fosse.
não querto tudo, não quero nada,
não quero qurerer,
nem que queiram nada,
não quero vontade para ser saciada.

Well Kirino, Lisboa
in: Destak (19.4.2005)

Tuesday, April 19, 2005

Fuck you

fuck you
fuck you and your damn cute smile
fuck you and your jokes
fuck you and all your beautiful sweet lies
fuck you and all you've done
fuck you and how you made me hope
how you made me believe
how you made me dream
how you almost made me happy
fuck you and how i loved you
fuck you and how you misunderstand me
fuck all the people that saw what was happening
and did warn me
fuck them all
fuck you too
fuck you 'cause you're not what i saw
'cause you're not what i thought
you're not who i liked
you’re not who I wanted
you're not who i loved
you're someone strange
someone i can't stand
someone i can't stop to hate
fuck the real you i now know
fuck the fact that the first one isn’t true
fuck the sadness I felt when I discovered it
‘cause now I know I’m better without you
fuck you
oh, you make me sick
you make me wanna vomit
fuck you!

Wednesday, April 06, 2005

Camoes powa

http://www.secrel.com.br/jpoesia/camoes16.html

Amor é fogo que arde sem se ver

Amor é um fogo que arde sem se ver,
é ferida que dói, e não se sente;
é um contentamento descontente,
é dor que desatina sem doer.

É um não querer mais que bem querer;
é um andar solitário entre a gente;
é nunca contentar-se de contente;
é um cuidar que ganha em se perder.

É querer estar preso por vontade;
é servir a quem vence, o vencedor;
é ter com quem nos mata, lealdade.

Mas como causar pode seu favor
nos corações humanos amizade,
se tão contrário a si é o mesmo Amor?

Luís Vaz de Camões
(este homem tava lá)
(vá barroso é p veres a mh faceta sensivel em acção)

Monday, April 04, 2005

O querer

querer...
eu quero...
sim...
eu quero...
quero com a alma
quero com o coração
quero aquilo que tenho
e tudo o que não...
quero salvar o mundo
quero ser feliz
quero aquilo que todo a gente quer
e aquilo que ninguem diz
quero um amor à primeira vista
à segunda
à terceira...
à milésima...
quero um beijo espontaneo na chuva
quero um orgasmo por cada dia de vida que me reste
quero amar
amar sem medos
amar sem entraves
amar sem limites
quero correr pelo campo
quero rebolar nesse campo florido
quero nadar nua em agua mineral
quero saber que a felicidade é o final
quero ganhar a lotaria da vida
ganhar milhoes de alegrias
para ter e dar aos amigos
quero morrer de frio
e renascer de calor
quero cair e não sentir dor
quero gritar para ninguem ouvir
quero um mar de sensações para sentir
quero a vida
quero o infinito
quero o meu destino
quero que seja bunito
quero encontrar o amor na multidão
quero uma onda de emoção
quero fugir para o paraiso
quero fugir para o inferno
quero seguir o arco-iris
guiada por um mapa interno
quero a loucura
quero o prazer
quero aquilo que mais ninguém pode ter
quero a amizade
quero o amor
quero correr pelo fogo e não sentir calor
quero adormercer e acordar com vontade de cantar
quero não conseguir durmir com vontade de cantar
quero entrar num sonho lindo
e nunca mais acordar...